sábado, 2 de abril de 2016

Gripe H1N1, o que a Escola precisa saber

GRIPE H1N1 - CRECHE SEGURA

Gripe H1N1, o que a Escola precisa saber

 O que é a gripe?
A gripe a é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).

A OMS estima que cerca de 1,2 bilhões de pessoas apresentam risco elevado para complicações da influenza: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica

Entendendo os tipos de vírus:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a influenza acomete 5 a 10% dos adultos e 20 a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A (H1N1), B e C.
Os vírus A(H1N1) e B apresentam maior importância clínica; estima-se que, em média, as cepas A causem 75% das infecções, mas em algumas temporadas, ocorre predomínio das cepas do tipo B.
Os tipos A (H1N1) e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais, também por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco. O vírus C raramente causa doença grave.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre principalmente através do contato com partículas eliminadas por pessoas infectadas ou mãos e objetos contaminados por secreções.
É muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semifechados, dependendo não apenas da infectividade das cepas, mas também do número e intensidade dos contatos entre pessoas de diferentes faixas etárias.
A transmissão também é elevada em aviões, navios e outros meios de transporte coletivo, onde são frequentemente registrados surtos de influenza A (H1N1) e B que acometem passageiros e tripulantes.
As pessoas infectadas pela influenza suína podem ser consideradas potencialmente contagiantes durante todo o período em que manifestarem os sintomas e possivelmente por até 7 dias depois do início da doença.
As crianças, entre um e cinco anos, podem ser potencialmente contagiantes por períodos mais longos.
Também se comprovou que os vírus sobrevivem em superfícies como madeira, aço e tecidos por 8 até 48 horas.

Quais são os sintomas desta Gripe?

Os sintomas são similares aos sintomas da influenza humana comum, e incluem:
  • Febre
  • Tosse
  • Garganta inflamada
  • Dores no corpo
  • Dor de cabeça
  • Calafrios
  • Fadiga
  • Também pode causar uma piora de doenças crônicas já existentes.

Quando se preocupar com os sintomas?

É importante estar atento aos sintomas que requerem cuidados especiais:
  • Febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino
  • Dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações
  • Irritação nos olhos
  • Tosse
  • Coriza (nariz escorrendo)
  • Cansaço
  • Inapetência (falta de apetite)
  • Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia.

Recomendações Gerais de prevenção:

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados
  • Intensificar a lavagem das mãos com água e sabão, principalmente após tossir e espirrar
  • Utilizar produtos a base de álcool para higienização das mãos também são recomendados
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes
  • Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar, jogando o lenço no lixo após o uso
  • Participar da campanha de vacinação, especialmente se fizer parte do grupo de risco
  • Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo
  • Não compartilhar copos, talheres e outros objetos de uso pessoal
  • Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A (H1N1).
 Texto retirado do site: http://www.crechesegura.com.br/

Dia do Índio: 10 sugestões de atividades para escolas

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19 de abril, Dia do Índio. É comum as escolas comemorarem a data fantasiando e pintando as crianças, à semelhança do que fazem na Páscoa. Sai o coelhinho, entra o índio. A figura indígena, abordada desta maneira, se torna tão irreal quanto um coelho gigante que traz ovos de chocolate em embalagens coloridas.
Preparamos algumas sugestões de atividades para tratar do tema sem preconceitos, estereótipos, romantismo ou nostalgia:

Por Lilian Brandt/AXA

1. Estude e repense seus (pre)conceitos

Mais importante do que promover uma atividade divertida, é estar bem informado. A reportagem especial“As 10 mentiras mais contadas sobre os indígenas” esclarece as afirmações mentirosas mais recorrentes e muitas delas provavelmente já foram contadas por professores e alunos. Confira e comece por aí!

2. Priorize informações sobre os indígenas na atualidade

Refletir sobre a história dos povos indígenas é muito importante, mas tenha sempre o cuidado de trazer outros pontos de vista, e não só o de Cabral. Muitos pesquisadores indígenas fazem suas próprias análises da história de seus povos e do contato com a nossa sociedade. Além do mais, é importante superarmos o pensamento de que “índio é coisa do passado”.
Portanto, além de trazer a história e enfatizar aspectos culturais, como festas e rituais, lembre-se de trazer questões atuais: uso de tecnologias (produção de vídeos e redes sociais, por exemplo) e a atuação política.

3. Valorize a diversidade de povos

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Muitas vezes os professores promovem atividades escolares com boas intenções, como pintar as crianças com duas linhas paralelas nas bochechas, colocar um cocar de brinquedo e dançar músicas em línguas que as crianças não compreendem. Estas atividades podem até trazer um sentimento positivo das crianças em relação aos indígenas, mas não trazem a realidade.

Temos no Brasil mais de 300 povos indígenas. A reprodução da imagem de um “índio genérico”, caracterizado por pinturas, vestimentas e aspectos físicos exclui diversas etnias e indivíduos, que por diversas questões não se enquadram neste padrão imaginário.
Não generalize. Lembre-se de evidenciar a diversidade de povos indígena e suas particularidades. Mostre também indígenas ressurgidos, de cabelo crespo, sem pinturas, universitários, etc. Traga exemplos reais e explique qual a etnia, onde está localizada e aspectos de sua cultura.

4. Convide indígenas para a escola

Qualquer atividade pode se tornar muito mais interessante se tiver a participação de indígenas. Convide-os para fazer uma palestra sobre suas vidas, seu povo,espiritualidade, conhecimento da natureza,produção artística ou o que eles desejarem!
O convidado indígena também pode fazer uma oficina de artesanato, pintura, culinária ou de brincadeiras tradicionais de seu povo.

5. Incentive-os a navegar

O site Povos Indígenas do Brasil – PIB Mirim, do Instituto Socioambiental (ISA), possui bastante material destinado à pesquisa escolar, divulgando informações com uma linguagem acessível ao público infanto-juvenil. Há também atividades interativas como a Aldeia Virtual, jogo online situado em uma aldeia no Cerrado brasileiro. Cada criança escolhe o avatar de um índio, podendo conversar com outros participantes e jogar, sempre aprendendo sobre as culturas indígenas.
Portal Índio Educa conta com diversos colaboradores indígenas, que trazem o olhar de diferentes povos sobre questões atuais. São pequenos textos, fotografias e vídeos que tratam de temas como cultura, história e atualidade. Há também vários textos para auxiliar os professores a trabalhar a temática indígena em sala de aula.

6. Faça um festival de cinema

Existe uma produção infinita sobre o tema, muitas delas feitas por indígenas. Sugerimos aqui os mais “clássicos”:

Índios no Brasil

É uma série produzida justamente para inserir adiscussão sobre histórias e culturas indígenas nas escolas. São 10 programasapresentados pela liderança indígena Ailton Krenak, cada um com cerca de 20 minutos.
Apesar de ter sido produzida há 10 anos, a série traz muitas questões atuais.A partir do olhar de nove povos indígenas, a série retrata a relação dessas etnias com a natureza, com o sobrenatural e com a sociedade brasileira. Os programas trazem também depoimentos de não-indígenas, especialistas e pessoas comuns.
Você pode baixar nos sites da TV Escola e Vídeo nas Aldeias
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O curta metragem Pajerama é sobre um indígena que está andando na floresta e de repente… (não vou contar para não perder a graça!). É uma animação linda, que possibilita refletir sobre a expansão do espaço urbano e o encontro com a nossa sociedade.

Pessoas de todas as idades podem gostar, e como não tem falas, pode ser especialmente interessante para crianças, inclusive as indígenas.


Das Crianças Ikpeng para o mundo


Um filme super fofo! Crianças Ikpeng apresentam sua aldeia, família, brincadeiras, festas e seu cotidiano. É um filme leve e instigante, pois o tempo todo elas perguntam para quem está assistindo sobre como é a sua vida, curiosas em conhecer crianças de outras culturas.


7. Fale de política

Estamos vivendo um momento tão terrível em relação aos direitos indígenas, que não dá para ignorar e mostrar só o lado “bonito” do tema.
O Dia do Índio foi instituído no Brasil pelo presidente Getúlio Vargas, em 1943. A data faz referência http://www.axa.org.br/wp-admin/post-new.phpao Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu no México em 1940. Os índios não participaram nos primeiros dias do evento, mas no dia 19 de abril tiveram uma grande participação. Portanto, fale de participação, fale de mobilização, fale de luta!
Acompanhe a Mobilização Nacional Indígena e explique as principais reivindicações dos indígena

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8. Ouçam músicas indígenas

Talvez alguém ainda considere a possibilidade de tocar para as crianças as músicas “Vamos Brincar de Índio” da Xuxa e “Curumin Iê Iê” da Mara Maravilha. Outros mais sofisticados podem preferir “Um Índio” do Caetano ou “Índios” de Legião Urbana. Há ainda aquelas músicas “new age” com referências aos índios norte-americanos.

Mas independente de seu gosto musical, não toque somente músicas SOBRE indígenas, toque músicas DE indígenas. A Rádio Yandê toca diversas músicas de indígenas, além de programas informativos que abordam a realidade indígena.

9. Sirva comidas que aprendemos com os indígenas

Além de deliciosas e nutritivas, as comidas podem instigar um debate sobre a biodiversidade e o trabalho de agricultura e melhoramento genético que os indígenas fazem há milhares de anos. Que talbolo de milho, tapioca, pipoca e frutas nativas?

10. Torne a questão indígena interdisciplinar e contínua

Como já disseram Tim Maia e Jorge Benjor, antigamente “todo dia era dia de índio”. Não deixe que hoje ele só tenha o 19 de abril! A Lei 11.645/08, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, ressalta a importância de trazer as suas contribuições nas áreas social, econômica e política. Relacione o tema com os conteúdos de Português (temos diversas palavras em nosso vocabulário de origem indígena), Geografia (noção de território), História (contato, escravidão e lutas) e Ciências (conhecimento indígena da biodiversidade brasileira). Leve estas questões para a sala de aula ao longo do ano todo.

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Imagens:
Estudante indígena (em destaque): Portal Amazônia
Mulheres Tuxá (item 3): Jornal de Hoje
Sonia Guajajara (item 7): Kamikia Kisedje, em Mobilização Nacional Indígena
Criança (item 10): Moderna Educacional
Texto retirado na integra do site: http://www.axa.org.br/