quinta-feira, 31 de março de 2016

Projeto Especial de Ação

     DA INTENÇÃO A AÇÃO: DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA - QUINTAL MÁGICO

No ano de 2015, houve mudanças significativas no quadro docente, o que demanda reflexão e atenção perante o novo grupo que se constitui a partir do acolhimento de 16 novos professores. Cada sujeito pessoa/professor ingressa com saberes e experiência diferente na educação de zero a três anos, entre elas, destaca algumas: CEI conveniados, CEI diretos na Secretária Municipal de Educação de São Paulo e em outros municípios da Grande São Paulo.
Em nossa primeira reunião para análise do PPP, convidamos a equipe para um passeio até o Parque da Consciência Negra que fica na mesma rua da nossa U.E. Durante o trajeto foi possível apresentar a caracterização da comunidade atendida de maneira ampliada uma vez que observamos a realidade. Observamos que a unidade é cercada por prédios residenciais, cujos apartamentos a metragem é de 40 a 52 metros quadrados, sem área de lazer. Tais observações demandaram reflexões iniciais, fundamentais para o processo de construção do Projeto Pedagógico que considera o público atendido.
Chamou-nos atenção, durante o caminho, que alguns locais encontravam-se sujo, com materiais de construção civil e móveis. Importante destacar que não encontramos crianças brincando, o que nos levantar a hipótese da construção de uma cultura de confinamento. 
Percebemos que os moradores apropriaram-se, algumas vezes, de maneira inadequada o Parque e, percebemos a ação destruição do patrimônio público, o que revela falta de cuidado com o local que é nosso.
A própria concepção arquitetônica do nosso prédio revela aspectos ligados ao confinamento e  higienista. Citamos pois, por vezes lembra alas de isolamento hospitalar, revelado pela segregação dos bebês menores dos demais. Outro aspecto que intensifica esta questão, é marcada pelo fato de ser dois andares e os bebês ficarem no segundo pavimento. Tal questão implica em um dificultador, pois o prédio tem inúmeras barreiras de arquitetônicas, tais como escadas, grelhas, degraus  aos poucos locais próximos a natureza, tais como: o parque, a areia, gramado, a horta e o jardim.
Ao analisarmos  o quadro, a releitura dos objetivos gerais do nosso Projeto Político Pedagógico, as observações,  registros escritos e fotográficos, da analise dos espaços realizado da equipe gestora no ano de 2014, no qual culminou no Projeto : Espaços para ser criança e viver sua infância e as avaliações institucionais do último ano, elegemos pela continuidade do tema Da intenção e a Ação: Documentação Pedagógica, tendo em vista ser recente a utilização de documentação pedagógica na Educação Infantil e ser um tema amplo e que pode ser utilizado diferentes linguagens. Tal escolha justifica-se por acreditamos na importância dos registros da prática educativa como recurso de observação, análise e reflexão das nossas próprias ações, o que resulta na possibilidade de acarretar mudanças significativas na prática educativa da instituição.
Por ser um tema amplo focaremos no registro escrito por acreditarmos que ao sistematizar amplia o olhar do educador e o educa a agir / refletir de maneira integrada, o que faz reconhecer-se como Ser Inacabado (FREIRE) capaz de modificar-se continuamente. Tal modificação, que ocorre internamente, pode, por meio do registro compartilhado com o grupo, resultar em mudanças no planejamento das questões fundamentais para a educação da primeira infância.
O olhar cuidadoso para as áreas externas da instituição, transformando–o em nosso Quintal Mágico, O nome “Quintal Mágico” é inspirado no Livro Quintal Mágico de Dulcília Shroeder Buitoni, na tentativa de romper com a cultura de confinamento,  onde possamos proporcionar aos nossos bebes e crianças pequenas os seus direitos, notadamente as interações e brincadeiras garantindo experiências significativas conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2010).
e)     Objetivos
          Qualificar a prática a partir da reflexão sobre a documentação pedagógica
•          Buscar uma maior coesão entre as intenções e as ações docentes;
•          Subsidiar a análise dos processos de aprendizagem;
•          Instrumentalizar no replanejamento das ações educativas;
•          Perceber as possibilidades e potencialidades de cada criança e;
•          Pensar e replanejar suas ações, intervenções e novos focos de observação e registro.
Procedimentos Metodológicos coerentes com a proposta apresentada.
  • Tematização e a investigação das práticas pedagógicas vivenciadas nos diferentes ambientes educacionais:
  • Produção de pautas de observação e de acompanhamento;
  • Analise e a  problematização dos dados coletados;
  • Analise de bons modelos;
  • Situações homólogas;
  • Leitura de textos científicos e diferentes gêneros literários;
  • Análise de registro e devolutivas;
  • Ampliação  do repertório cultural através de visitas a museus, pontos turísticos da cidade de São Paulo e;
  • Analise critica de filme.
Procedimentos Metodológicos coerentes com a proposta apresentada.
  • Tematização e a investigação das práticas pedagógicas vivenciadas nos diferentes ambientes educacionais:
  • Produção de pautas de observação e de acompanhamento;
  • Analise de bons modelos;
  • Analise e a  problematização dos dados coletados;
  • Situações homólogas;
  • Leitura de textos científicos e diferentes gêneros literários;
  • Análise de registro e devolutivas;
  • Ampliação  do repertório cultural através de visitas a museus, pontos turísticos da cidade de São Paulo
  • Analise critica de filme
Resultados esperados observados os estabelecidos nos Programas Curriculares da Secretaria Municipal de Educação.
  • Construir uma cultura de formação na perspectiva crítico-reflexiva no decorrer do ano;
  • Consolidar o fazer pedagógicos embasados em teorias ao termino do ano;
  • Construir uma cultura de formação na perspectiva crítico-reflexiva no decorrer do ano;
  • Consolidar o fazer pedagógicos embasados em teorias ao termino do ano;

Acompanhamento e Avaliação semestral:
Periodicidade:
  • Semestral: considerando adequação e /ou reestruturação necessária
  • Final: feita por todos os participantes e equipe escolar indicando objetivos alcançados e a continuidade ou não para o ano seguinte.
Indicadores
  • Melhoria na elaboração de novas práticas de registros;
  • Sistematização de registros como documentação pedagógica;
  • Replanejamento das ações pedagógicas e intervenção adequada
Instrumentos
  • Relatório: individual, em grupo e das equipes.
  • Registros elaborados durante o desenvolvimento do projeto
  • Construção do Registro Reflexivo

Referências bibliográficas
Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educação Infantil - Secretária de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 2010

Programa Mais Educação São Paulo – Subsídios para implantação/ Secretária Municipal de Educação. – São Paulo: SME/DOT, 2008

Edwards, Carolyn, Gandini, Lela e Forman, George. As Cem Linguagens da Criança; A Abordagem de Reggio Emilia na Educação da Primeira Infância –  tradução  Dayse Batista - Porto Alegre: Artmed, 1999

ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil/ Miguel A. Zabalza; Tradução Beatriz Affonso Neves. – Porto Alegre: Artmed, 1998.

Orientação Normativa Nº 1 de 02/12/2013, Publicado em DOC de 03 de dezembro de 2013, P 103-105

Brinquedos e Brincadeiras na creche - Secretária de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 2012

domingo, 13 de março de 2016

Parques Sonoros




                                                                                                                                                                       Por Maria Cristina dos Santos


Projeto propõe a formação em música para professores da rede municipal na cidade de São Paulo e culmina com a montagem de vários objetos sonoros para experimentação de crianças de 3 meses a 6 anos de idade nos espaços escolares.
O projeto proporciona aos educadores da rede municipal de São Paulo a reflexão teórica e atividades práticas.
A implantação do projeto musical devem ser planejadas em consonância com o PEA – Projetos Especiais de Ação - de cada unidade. Os PEAs são desenvolvidos de acordo com o Projeto Político Pedagógico de cada unidade

Para a implantação do Parque Sonoro é necessária que o formador de SME, realize a leitura e reflexão do documento de cada unidade escolar para sugerir as formas de inserção e reflexão da música no referido espaço e o desenvolvimento de atividades musicais com as crianças e educadores. Para tanto, os formadores partem  do princípio apontado por Swanwick no qual “a musica é uma experiência de vida em si mesma, que devemos tornar compreensível e agradável. É uma experiência do presente (...) devemos ajudar cada criança a vivenciar a música agora” (SWANWICK, 1990, p. 40) e iniciamos nossos propósitos estudando o documento escolar para propiciar a experiência musical no cotidiano escolar.

  

  

EMEI Therezinha Skinka - DRE Guaianases

 
 EMEI Therezinha Skinka                                       Atelie Carâmbola     

PLANEJAMENTO: Projetos Parques Sonoros
Objetivo:
§         Problematizar os conceitos sobre música em sala de aula para crianças de 0 a 5 anos de idade.
§         Ampliar as possibilidades de brincadeiras e apreensão de conceitos específicos da linguagem dando ênfase em experiências lúdicas com música;
§         Vivenciar a exploração de diversos sons;
§         Perceber os conceitos de propriedades sonoras e sugerir proposições para mudança de olhares com relação aos objetos do cotidiano e ao espaço físico da escola
Conteúdos
§         Práticas de musicalização ativa para crianças de 6 meses a 6 anos;
§          Leituras e discussões textuais com assuntos sobre paisagem sonora, resignificação de objetos e do espaço escolar, propriedades sonoras e cotidiáfonos;
§         Exploração de objetos do cotidiano com as crianças em sala e pesquisa de materiais;
§          Planejamento do espaço;
§          Construção dos objetos sonoros;
§         Montagem dos objetos no espaço escolhido pelas educadoras e visitação e experimentação dos objetos sonoros pelas crianças da escola e público em geral.
Período
Março a julho – Quarta-feira – quinzenal
Datas:
Carga Horária

Materiais
§         Tampinhas de garrafa (Pet,  garrafa e lacre de lata);
§         Panelas, Formas, potes de plástico com tampas, tampa de panela, garrafa plástica de diversos tamanhos
§         Diferentes tipos de latas (leite, milho, atum, tinta);
§         Chaves, conduites, roda de carro, correntes de diferentes  espessuras, tinta spray, tinta para madeira, parafuso, pincel, prego, canos de PVC e conexões, lixas para madeiras, sifão;
§         Cola, barbante, arame, durex colorido, dupla face, fita crepe, fio de náilon, estilete, fitas de seda, bexiga;
§         Tecidos, tesouras, conchas, rolha de cortiça, caixa de papelão, embalagens, tubos de papelão, pedrinhas, grãos de sementes, elásticos, alfinetes;
§         Parte superior do ventilador, cabaça, garrafa de vidro com tampa; Madeiras, aramados;
§         Pallets, carteiras de alunos ou professor, cabo de vassoura, bambu;
§          Martelo, furadeira, alicate, chave de fenda, arco de serra, serra;
Bibliografia
Referências: AKOSCHKY, Judith. Cotidiáfonos. Buenos Aires: Ricordi, 1996. ______________. A música dos instrumentos. São Paulo: Melhoramentos, 1994.
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: propostas para a formação integral da criança.São Paulo: Peirópolis, 2003.
MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo sucata e a criança – importância do brincar, atividades e materiais. São Paulo: Ed. Loyola, 2007.
MATIEIRO, Teresa; Ilari Beatriz. Pedagogias em educação musical. Curitiba: Intersaberes, 2012.
PIRES, Maria Cristina de Campos. O som como linguagem e manifestação da pequena infância. Campinas: 2006. Dissertação de mestrado, Faculdade de Educação, UNICAMP.
SCHAFER, Raymond Murray. A Afinação do Mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. Trad: Marisa Trench Fonterrada - São Paulo: Editora UNESP, 1997. __________. O ouvido pensante. Tradução de Marisa T. O. Fonterrada, Magda R. G.
Silva e Maria Lúcia Pascoal - São Paulo: Editora UNESP, 1991.
SOUZA, Jusamara (org.). Música, Cotidiano e Educação. Porto Alegre: Programa de Pós graduação em Música, 2000.
SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. São Paulo: Moderna, 2012.
Materiais

  


  
EMEI Gabriel Prestes

Espaço para Oficina de construção

EMEI Gabriel Prestes

Exploração de objetos do cotidiano com as crianças  e pesquisa de materiais;

CEI Pedro Brasil Bandecchi

Construção dos objetos sonoros



                                               Oficina com os familiares


Montagem dos objetos no espaço escolhido por as educadoras

CEI Pedro Brasil Bandecchi

Visitação e experimentação dos objetos sonoros pelas crianças da escola e público em geral