Avaliar é algo próprio da natureza humana, o tempo todo expressamos juízos de valor sobre algo, mas quando o termo é pronunciado logo nos remetemos ao contexto escolar.
Ao avaliar o desenvolvimento de uma criança ou de um aluno estamos também analisando e refletindo sobre o conjunto de oportunidades de aprendizagens que foram planejados pelo professor e quando está a serviço do sucesso de ambos tudo se torna mais fácil, saímos do campo da disputa para a construção da parceria indissociável.
Quando me deparo com educadores da infância perdidos com seus relatórios que devem apontar as fases da escrita de crianças de 4 anos ou com situações a serem observadas igualmente para todas as criança por meio de um X, surge uma inquietação pedagógica.
Pintar o carrinho que tanto gostam de brincar é um experiência artística inesquecível para as crianças.
Oferecer as crianças a oportunidade de conhecer histórias, autores, culturas e outros gêneros literários amplia o repertório das crianças e desenvolve o comportamento de leitor.
A OBSERVAÇÃO E A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A observação não é apenas um instrumento descritivo, mas um recurso de investigação e planejamento. È indispensável a quem acompanha o desenvolvimento da criança valorizar o momento onde ela durante sua manifestação espontânea ou não, pode revelar ou desvelar saberes, desejos e intenções sobre si mesma e sobre o mundo.
O que as crianças revelam enquanto brincam?
Quando o professor se predispõe a ouvir e enxergar o fazer, o falar e valorizar os momentos de interação (criança-criança, criança-materiais e criança-professor) com certeza terá um rico material para planejar sua prática levando em consideração o que elas já sabem e respeitando o seu tempo de criança.
Uma dificuldade apontada constantemente pelos professores é “o que considerar importante” para compor o registro de cada criança. Quando “o observado” parte do planejado a pergunta a priori é o que elas podem aprender ou vivenciar diante da prática planejada que se justifique tal fazer, ou seja, qual o objetivo do que está sendo proposto. Mas, devemos também considerar que as crianças aprendem mesmo quando não temos a intenção de ensiná-las e que sabem muitas coisas que não foram ensinadas por nós ou no convívio da escola.
Crianças investigando, levantando hipótese e construindo conceitos.
A criatividade uma das chaves para compreender o mundo.
Como oferecer e utilizá-los a serviço do desenvolvimento humano e não de doutrinação?
Como se vê, observar a criança com os olhos de quem a reconhece em constante desenvolvimento, modifica a postura do professor não só na dimensão pedagógica, mas também ética frente à cultura infantil. Transformar essas informações em avaliação, ou seja, expressar um juízo sobre o que vemos e ouvimos revela antes de qualquer coisa a maneira como consideramos ou reprovamos o fazer, o saber e o sentir de uma criança.
Crianças brincando.
Crianças aprendendo.
Crianças se constituindo enquanto sujeito.
A hora da alimentação é um momento importante para socialização de saberes, preferências e desejos.